Mãe encontra sua filha! Caso Lara!

 Lara foi encontrada morta após ficar três dias desaparecida em Campo Limpo Paulista


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A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí (SP) concluiu o inquérito da adolescente Lara Oliveira do Nascimento, de 12 anos, encontrada morta em uma área de mata em Campo Limpo Paulista (SP), no dia 19 de março.

O relatório final da investigação contém cerca de 50 páginas e foi entregue nesta semana ao Ministério Público. Ao todo, foram pouco mais de quatro meses de investigações. O documento será analisado pelo MP, que pode pedir a mudança de prisão temporária para preventiva, além de solicitar novas investigações.

Com base em depoimentos de testemunhas, parentes e do suspeito, além de análises de áudios e câmeras de monitoramento, a polícia concluiu que Wellington Galindo de Queiroz é, por enquanto, o único suspeito do crime. Ele foi indiciado por homicídio e ato libidinoso.
O relatório também apontou que a jovem negou qualquer contato com o homem, que aplicou quatro golpes na cabeça da adolescente para que ela não o denunciasse.

No início desta semana, policiais da DIG de Jundiaí e de São Paulo chegaram a ir até o interior de Pernambuco (PE) após receberem a informação de que seria o local onde o suspeito estaria escondido, mas ele não foi encontrado.

Relembre o caso
A adolescente Lara desapareceu no dia 16 de março, quando saiu de casa para comprar um refrigerante em uma mercearia a cerca de 600 metros de sua casa. O corpo dela foi encontrado com marcas de violência, no dia 19 de março.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Lara morreu por traumatismo craniano causado por ao menos quatro golpes na cabeça. O legista citou a presença de sinais de crueldade e disse que possivelmente foi usado um martelo ou uma picareta. O documento confirmou também que uma substância encontrada no corpo da adolescente era cal.

No dia 29 de março, funcionários do mercado onde a menina esteve antes de desaparecer prestaram depoimento à polícia. As equipes de investigação também percorreram bairros de Francisco Morato, cidade vizinha, para ouvir mais moradores.

Laudos
A Polícia Civil confirmou no dia 19 de maio que os laudos descartaram abuso sexual e uso de entorpecentes na morte da adolescente.

Os laudos, de acordo com a Polícia Civil, deram negativo para os testes toxicológico e sexológico. Outro laudo, divulgado anteriormente, apontou que a adolescente morreu devido a um traumatismo craniano causado por ao menos quatro golpes na cabeça.

Suspeito foragido
Wellington Galindo de Queiroz, de 42 anos, continua foragido e é considerado o principal suspeito do crime.

Segundo o delegado, o suspeito já havia sido ouvido informalmente por telefone e foi intimado a prestar esclarecimentos na delegacia, mas se negou. Após a intimação, a polícia não conseguiu mais contato com o suspeito.


O carro que aparece nas imagens foi localizado em outra cidade e apreendido. Em depoimento, a proprietária do veículo disse que teve um relacionamento com o suspeito, mas que eles não estão mais juntos.

Ele tem passagens na polícia por tráfico de drogas, crime contra o patrimônio, associação criminosa e receptação. Ele é considerado foragido desde o dia 28 de março, quando a Justiça decretou a prisão temporária dele por 30 dias pelo assassinato da adolescente.

De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, responsável pela Divisão de Capturas do Dope, ele teria passado por São Paulo (SP) no dia 23 de março, na região do Jabaquara.

Ainda segundo a delegada, o suspeito tem família em São Bernardo do Campo (SP) e poderia estar recebendo ajuda para continuar escondido.

Investigação

A Polícia Civil analisou mais de cinco mil imagens de câmeras de segurança para identificar e localizar o suspeito de matar a adolescente.

Em imagens analisadas pela polícia, Wellington aparece dirigindo um carro prata (veja o vídeo acima). Elas mostram o momento em que o veículo para perto do local onde a menina desapareceu, no mesmo dia e próximo ao horário.

Em determinado momento, o motorista sai do veículo e olha ao redor, depois entra novamente no carro e segue o caminho.

No dia 8 de abril, o delegado responsável pelo caso, Rafael Diório, informou que a perícia encontrou um material suspeito no carro prata que aparece nas imagens.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido no endereço onde o suspeito morava, no dia 31 de março. A residência, localizada em Francisco Morato (SP), fica a cerca de 800 metros do local onde o corpo da menina foi encontrado.

A casa aparentava ter sido abandonada recentemente e alguns objetos foram apreendidos para perícia, segundo a polícia. Outros cinco mandados de averiguação foram cumpridos em possíveis endereços ligados a ele.

Carta do tio

O tio da vítima, que chegou a ser apontado como suspeito, negou envolvimento no crime por meio de uma carta. O g1 teve acesso ao documento, no qual o parente, que está preso em Bauru (SP), diz que estava com a esposa e uma amiga no dia e horário em que a adolescente desapareceu (leia abaixo).


"Estou preso por tráfico de drogas e tenho passagem por roubo, mas assassino de criança, não", escreveu.

'"No dia da minha saidinha, eu saí de Bauru às 8h e cheguei em casa era 13h. Depois fui até o centro de Campo Limpo com a minha esposa e minha cunhada Renata para comer esfiha e, por chamada de vídeo com a Luana, eu vi a Lara e as irmãs dela. Foi a última vez que vi a Lara', afirmou em um trecho da carta.

O tio da adolescente foi ouvido no dia 6 de abril, em depoimento feito de forma online. O laudo completo da perícia ainda não foi divulgado pelo Instituto de Criminalística de São Paulo (SP). O carro tinha sinais de limpeza recente por dentro e por fora, segundo a polícia.


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